segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Emanuel Sousa, Faculdade de Ciência e Tecnologias de Coimbra- Química Medicinal



  A praxe na Universidade de Coimbra difere bastante do tipo de praxes das outras universidades e politécnicos incidindo mais na praxe psicológica do que na praxe física, não sendo sequer permitido submeter os caloiros a pinturas. 
A praxe é regida por um código com vários artigos. A praxe em Coimbra visa também a evolução do poder de argumentação dos caloiros pelo que podem usar artigos do código de praxe para argumentar sempre que quiserem. Um dos principais objectivos da praxe é a integração dos caloiros.
 Na minha opinião a praxe psicológica, mesmo que por vezes mais embaraçosa permite os caloiros estarem mais à vontade uns com os outros, falo por experiência própria. As pessoas mais tímidas ou com maior dificuldade de integração têm aí uma boa oportunidade para se integrarem. Existem dois momentos altos na vida académica em Coimbra, a latada e a queima das fitas. Não pelos concertos ou bebedeiras, mas sim pelo que por si significam, sendo mesmo a serenata da queima das fitas o clímax do ano de caloiro, onde as suas capas são traçadas pela primeira vez. 
Mais do que um método de integração um dos grandes objectivos da praxe em Coimbra é dar a conhecer toda a tradição e encanto que aquela linda cidade tem para oferecer. Usar capa e batina é um grande orgulho, não nos estamos a representar apenas a nós ou o nosso curso mas sim uma instituição com mais de 700 anos por onde já passaram ilustres personalidades que fizeram história, é esse o sentimento que queremos passar aos caloiros.
 Um sentimento de grande orgulho e acima de tudo respeito por esta grande instituição e pela tradição conimbricense. “Coimbra é uma lição de sonho e tradição”





domingo, 18 de dezembro de 2011

José Paivinha - UTAD- Vila Real





Sou estudante de eng electro e de computadores na mui nobre universidade de tras-os-montes e alto-Douro (UTAD- Vila Real). A Fátima pediu-me um texto com a minha opinião em relação as praxes.
Eu vou falar de 3 coisas que considero importantes, o que é a praxe para mim, a minha vivência com a praxe e a minha opinião em relação aos movimentos anti-praxe....
Amores anti-praxe, SÓ É PRAXADO QUEM QUER... Ninguém é obrigado a ser praxado ou a fazer seja lá o que for, para isso, como em qualquer lugar civilizado, existem códigos e regras a serem seguidas, agora como tudo na vida, há sempre aqueles que exageram... MAS EXAGERAM SE O CALOIRO(A) ASSIM O DEIXAR..... Enquanto eu fui praxado sempre me disseram, e está no código de praxes da minha Universidade, apartir do momento em que consideres que estejas a faltar ao respeito a alguém, ou que vá contra as tuas crenças, TENS O DIREITO DE RECUSAR....

Algo muito importante é saber entrar no espirito, saber brincar, saber apreciar o que te estão a dar... A praxe serve para abrir os olhos as pessoas que nunca viram nada desta vida, mostra que tudo segue uma hierarquia e que sem respeito e humildade tu nunca serás ninguém, nas praxes entras garoto e sais um homem, com novos horizontes e com novas ideias sobre tudo....
No meu curso, todos os dias, desde as 9horas(inicio das aulas), até à meia-noite, andamos sempre com os nossos praxadores, para almoçar, para passear, para as praxes, seja lá para o que fosse... estava sempre alguém junto conosco...

No primeiro dia disseram.nos assim, a um grupo de pessoas que tremiam de medo ao ver as capas negras a roçarem o chão, "olhem bem para as pessoas a vossa volta, passarão todo o tempo com eles apartir de hoje, descubram de onde são, quem são, o que gostam, o que querem ser, porque vieram para aqui, até ao fim do dia, vocês já têm que se conhecer a todos".
Depois disso dito, todos se juntaram numa enorme mancha negra e gritaram a altos pulmões o hino do nosso curso, nunca mais me vou esquecer do arrepio que me passou por todo o corpo, enquanto olhava para eles de mãos ao peito, caras vermelhas e as veias do pescoço a saltarem....



ELECTRO SOMOS OS MAIORES
ELECTRO DA UTAD SENHORES
ELECTRO NINGUÉM NOS FAZ FRENTE
ELECTRO SOMOS OS MAIS PONTENTES
(3x, a subir de alto, para muito alto e para o máximo q poderes)



Eu fui praxado, sobrevivi e adorei, e não há melhor experiência que essa, jamais me irei esquecer das tarde agarrado a halls de mel e cházinhos de limão para recuperar uma garganta já exausta de tanto gritar, para poder chegar á noite, e todos os cursos na Câmara saberem onde Electro estava a ser praxada, enchi que nem um animal, fiz ali a minha nova família, onde nos tratamos por irmãos, porque isso é o que realmente sentimos uns pelos outros, uma enorme irmandade que nada pode quebrar, não só com caloiros, como com o pessoal que nos praxou, porque chegasse a um certo ponto em que se percebe... Somos todos um...
Hoje em dia, se precisar de algo, sei que qualquer pessoa ao meu lado de electro, fará tudo por mim, desde caloiros, grandes-animais(2matr), Engenheiros(3matr), mestres(4matr), grão-mestres(5matr) e veteranos(6mtr para cima), inclusive, a minha madrinha é um veterano do meu curso ...





quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ana Rita ESTA Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Na minha opinião, as praxes são aquela parte da vida que não se quer largar. Serve, por um lado, para integrar a pessoa no grupo, conviver e aproveitar a vida como estudante, mas por outro, para ajudar no futuro, pois nessa época combate-se muitos problemas e toma-se decisões noutras situações. Ajuda a saber decidir, saber controlar e a saber aprender com as exigências dos outros, ou seja, para a vida profissional.
O que eu mais gostei foi mesmo o baptismo, por ter dado tanto aquela força para chegar tão longe, para ultrapassar outro grau. Foi o melhor momento da minha vida, pois todos juntos conseguimos defender a nossa escola com orgulho e dedicação.
Estes são os momentos em que fazemos grandes amizades e sentimo-nos unidos. São os momentos de recordação para a vida, de grandes memórias, porque este foi o nosso destino.










domingo, 4 de dezembro de 2011

ola ola :-)

 Espero que estejam a gostar de todos os pots publicados aqui e que colaborem dando a vossa opinião e participando nas sondagens.
Como podem ver de universidade para universidade as opiniões variam quanto a praxe em si, mas no entanto a saudade dos ex-caloiros é evidente.
No entanto este blog não se direcciona só para os adeptos da praxe.
O Antípodas e o M.A.T.A. (movimento anti tradição académica), são dois dos movimentos que visam o fim da praxe académica, e a sua substituição por uma recepção não hierárquica, baseada em relações de camaradagem de igual para igual e que encoraje a criatividade e o espírito crítico, como forma de integração dos novos alunos.
Caso decidas ir as praxes, o ideal é teres uma atitude aberta, divertida e cooperante. 
Aproveita para conheceres pessoas e entrares no espírito. 
Na verdade, nada de mal te irá acontecer. Poderás ter que andar de cara pintada pela cidade, trocarem-te de roupa, obrigarem-te a fazer provas de resistência, cantar, declarar e por aí fora.
 No fundo, nada que não sejas capaz! 
Se queres ter a atitude certa e aproveitares este tempo para te divertires, o melhor é pensar que todos os alunos passam por isto e, como tal, não és, nem serás a excepção. E se todos cooperarem  ninguém deverá sentir-se humilhado! E pelas opiniões de quem já passou por isso a praxe é um dos melhores momentos da tua vida académica. No entanto quem não aderiu as praxes acaba por ter uma vida normal dedicando se somente aos estudo ou mesmo convivendo com os outros, mas sem participarem.  

Manuel António ESTA - Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

A Praxe

A praxe é tudo e é nada.

A praxe é um não existir.

A praxe é um desistir,

A praxe é uma negação.

A praxe é contradição.

A praxe é careta.

A praxe é conservadora.

A praxe é o retrocesso.

A praxe é andar para trás.

A praxe é antecipar a velhice.

A praxe é uma mentira.

A praxe é o mais fácil.

A praxe é encarneirar.

A praxe é um não querer pensar.

A praxe é não querer aprender.

A praxe é privilegiar a burrice.

A praxe é a antítese da escola.

A praxe é anti-escola.

A praxe é fascista.

A praxe é nazi.

A praxe respeita a ditadura.

A praxe dá-se bem com os ditadores.

A praxe é perpetuar a injustiça.

A praxe faz figuras tristes.

A praxe gaba-se de obrigar a fazer figuras tristes.

A praxe é a falta de bom senso.

A praxe é a falta de senso.

Morte à praxe!



Dizem-me que a praxe é uma forma bonita de integração.

Todos conhecemos múltiplas formas de integração, nos mais diferenciados contextos, nas diferentes idades e nos diferentes níveis escolares.

Mas se o objectivo da praxe é salutar, a filosofia que lhe está subjacente é ignóbil.

Os jovens do ensino “Superior” – título já por si infeliz – só pelo facto de serem jovens têm o dever/obrigação de questionar a sociedade e os valores que os rodeiam e, assim, manter o que justifica e acabar com tudo o que não tem justificação ou razão de ser.

Em Democracia, os Seres Humanos regem-se por regras de respeito mútuo e de igualdade no trato, regra, de todo, ausente no espírito da praxe.

A regra do respeito absoluto pelo mais velho – neste caso quem tem mais matrículas – deveria corar de vergonha todos e todas a quem foi dada uma cabeça para pensar.

Ou seja, via praxe, a escola – lugar de aprendizagem – acaba por privilegiar a burrice.

O respeito absoluto pela hierarquia é, porventura, o símbolo maior de qualquer sociedade fascista. No entanto, através da praxe, os jovens - que deveriam ser agentes transformadores – são símbolos de perpetuação do mais bolorento e mais retrógrado que uma sociedade pode conhecer.

Triste de uma sociedade em que os jovens já são velhos.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Melanie Costa Aveiro



Sou estudante de Bioquímica da Universidade de Aveiro, e a pedido da minha querida amiga Fátima, escrevo este texto sobre as praxes na minha universidade e a minha opinião sobre elas. 
  Quando se entra na universidade, a nossa sobrevivência vê-se posta em causa, principalmente se quando não conhecemos absolutamente ninguém, como foi o meu caso, e quando os nossos dotes culinários não são os melhores. 
Os amigos ficaram todos no secundário, ou foram para outros pontos do país, e o pior é que saímos do quentinho confortável da casa dos nossos pais. E aqui se encontram os dois principais problemas de um caloiro, ou melhor dizendo, de um aluvião, como em Aveiro são chamados esses seres de 1ª matrícula.
     É também aqui que para mim, se encontra o principal objectivo da praxe, e a razão porque a considero tão importante e, para mim, até indispensável! Mas antes de continuar com este assunto, quero falar um pouco sobre a tradição académica de Aveiro, e do porquê de eu gostar tanto dela:
     Aveiro criou um código académico que foge em muitos aspectos ao tradicional código de praxe de Coimbra e de muitas outras universidades do país, tendo optado por um Código de Faina que faz reviver nos estudantes da sua Universidade os costumes e tradições desta cidade em que o Sol e o Sal, o Mar e a Pesca foram grandes pilares. Assim, este nome Faina, que venho a usar desde o inicio do texto, é adaptado da pesca, para designar a Praxe em si. Aqui, não há caloiros, há Aluviões, sedimentos que chegam com as águas da ria de Aveiro, por volta de Setembro e que fertilizarão os campos. Aqui, não há bichos ou bestas, há Lodos e Lamas. 
Não há capas, mas sim Gabões, que os pescadores envergavam diariamente.
    E agora sim, digo a razão porque considero a praxe indispensável, porque ela não serve para humilhar, nem para alimentar o ego desses tais que envergam o Traje com sentimentos de superioridade. A praxe é integração. E nem precisava de dizer mais. Foi na praxe que conheci os meus amigos, e tenho a sorte acrescida de a comissão de “faina” a que pertenço ser composta por 3 cursos, pelo que conheço o triplo das pessoas graças às praxes. Foi também por ter que andar a percorrer a cidade de Aveiro nas praxes que fiquei a conhecê-la.
 A praxe, torna também possível o traçar de amizades entre estudantes de diferentes matrículas, que de outro modo seria bastante improvável, e que dá muito jeito a muitos caloiros, no que toca a troca de apontamentos e livros, e principalmente de experiências e saberes académicos, dentro e fora da academia.
    Tenho muito orgulho na tradição académica Aveirense, e de pertencer a ela. Estive na pele de lama (caloira) um ano inteiro, e não há melhor experiência! É aprender o respeito, e a humildade perante uma nova etapa da nossa vida. Custar? 
Bem, entupir o ralo da banheira com cascas de ovo, terra e até minhocas não é sempre agradável, mas é uma alegria que só um estudante que entra no espírito compreende.



E toda a praxe vale a pena, quando no ano seguinte se sente o orgulho de envergar o traje académico.

Vânia Constantino ESTA- Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Praxe...

Já muito foi dito sobre as praxes. Muito haverá também ainda a dizer.
Num primeiro aspecto tenho que referir que existem praxes que marcam
pela positiva, e outras que marcam pela negativa.
Eu sempre gostei das praxes, mas, confesso que não tinha lá muita paciência!
Sempre que me punha a caminho da escola lá dava comigo a pensar: outra
vez mais do mesmo! Passei por duas experiências de praxe diferentes,
uma em Santarém, e outra em Abrantes. Em Santarém foi uma coisa mais
impessoal, mais dura, mais "mázinha", digamos assim... Contudo, foi a
que mais me marcou. Porque apesar de também ter sido praxada em
Abrantes, só me senti caloira uma vez... Da primeira vez que se vai
para a faculdade! E quer fosse em Santarém ou em Abrantes as praxes
tinham um objectivo... Sim, pode não parecer, mas tinham!
Pretendiam com todo aquele "aparato" e peito inchado, que nós fossemos
um grupo coeso, que nos conhecêssemos a todos, que fossemos unidos e
sobretudo que construíssemos amizades!
Foi isso que ganhei com as praxes: Amigos! Mas, também cumplicidades,
que me acompanharam ao longo do curso, que me ajudaram nos momentos
bons e menos bons, com quem partilhei muitos sorrisos e as tardes
solarengas de Abrantes! Foi com quem fui praxada que vivi um dos meus
momentos mais felizes, a minha Benção das Fitas, o fim de um percurso
académico!
Foi o que pretendi deixar a quem praxei: façam amigos, divirtam-se e
sobretudo... sejam felizes! "Segredos desta cidade, levo comigo prá
vida!" Ah saudades!



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ana Gomes Beja

Estou a estudar Terapia Ocupacional em Beja e para mim as praxes mostraram ser uma forma de integração, foi através delas que conheci a maior parte dos meus colegas de turma, o que foi bastante importante pois não conhecia lá ninguém.

De início achei que as praxes estavam a ser muito puxadas, como não sabia o que esperar foi complicado ter pessoas a gritar comigo, mas ao terceiro dia comecei a entrar no espirito e comecei a adorar ser praxada, diverti me muito. 

Cada um de nós tinha um slogan que tínhamos de apresentar à frente de toda a gente, rebolamos, passamos muito tempo de quatro, comemos alho, bolachas com vinagre, cantamos o hino do nosso curso e muitas outras músicas, pintavam-nos as mãos com verniz, pintavam-nos a cara com batom e todos os dias íamos completamente sujos para casa e houve o chamado dia da tropa que dizem ser o mais difícil, mas na minha opinião foi um dos mais divertidos, houve o dia em que tivemos de andar de pijama e algumas vestidas de homens.
 Houve vários dias temáticos como por exemplo o dia das celebridades em que tínhamos de fazer o papel de um cantor geralmente pimba e vestirmo-nos a rigor, houve o dia do zoo em que tivemos de nos vestir segundo os animais de varias histórias infantis, o que pode parecer um pouco ridículo mas 
mostrou ser bastante hilariante. Apesar de não nos podermos rir divertimo-nos muito durante estes dias. 

Participamos também num peddy paper para conhecer a cidade e no rally tascas em que através de um jogo conhecemos vários bares da cidade.

Houve algo que considerei muito importante e acho que deveria ser feito nas praxes em todas as universidades que foi a semana da solidariedade em que num dia angariamos dinheiro para os bombeiros voluntários e noutro dia angariamos dinheiro para um menino chamado Simão, que nasceu com paralisia cerebral, fomos pelas ruas da cidade pedir dinheiro para estas duas causas.

Em Beja toda a gente vai a tribunal de praxe, tive algum receio do que pudesse acontecer, mas nem achei mau e até gostei.

Na última semana houve a chamada procissão das velas, em que tínhamos de usar as t-shirts do curso e tínhamos de levar as velas da mesma cor, pelas ruas de beja cantámos e mostramos o nosso espirito académico.

No último dia de praxes ocorreu o desfile académico e posteriormente o baptismo, onde com as cores do nosso curso cantámos até não poder mais, durante o desfile fizemos também um protesto pois o instituto politécnico tenciona acabar com as praxes em Beja, neste protesto cantámos o hino nacional.
 O baptismo foi um dos pontos altos do mês de praxe, foi absolutamente espectacular, foi um momento de bastante alegria, e onde nós os “bichos” passámos a caloiros.

Fomos praxados pelos supremos que andam no último ano dos seus cursos, não fomos praxados por pessoas do nosso curso pois o curso só abriu no ano passado.

As praxes duram um mês, e todas as quintas desse mês realizaram se jantares, onde participavam bichos e supremos, onde tivemos oportunidade de conviver com os nossos supremos de forma diferente, ou seja sem estar naquele ambiente de praxe, o que nos permitiu conhece-los melhor para posteriormente escolhermos os nossos padrinhos. ~
O terceiro jantar ocorreu em casa dos padrinhos já escolhidos e o ultimo jantar foi como que o jantar de final de praxe, onde comemorámos o baptismo. Durante as praxes raramente houve praxes nocturnas tirando um ou outro dia e o tribunal. À noite costumávamos ir ao café com os supremos, onde num ambiente mais descontraído nos pudemos conhecer e trocar impressões. E visto que na minha turma existem pessoas de todos os pontos do país foi uma maneira de trocar conhecimentos acerca dos costumes de cada terra.

Em Beja há quem diga que as praxes são muito más, mas pelo menos as da Escola Superior de Saúde não são. Nunca nos sentimos humilhados, nem nunca nos fizeram nada de muito grave, claro que gritavam e nos davam ordens como em qualquer outra praxe. Apesar das muitas nódoas negras, do muito esforço físico e das horas a tentar tirar ovos e tudo o mais do cabelo, adorei esta experiência de ser praxada, acho que por um lado torna-nos mais fortes, devido ao facto de aguentar mos os gritos sem responder, o que nos poderá acontecer num contexto de trabalho em que possivelmente vamos ter superiores a dar nos ordens e não vamos poder responder, por isso acho que de certa forma as praxes nos ensinam certas coisas que no futuro nos vão ajudar. 
Acho também que são uma forma de nos integrarmos no lugar onde vamos estudar e uma forma de construir laços com os nossos colegas de turma, é também uma forma de nos divertirmos. Para mim as praxes proporcionaram me muitos momentos que não vou esquecer e que me vão acompanhar ao longo destes 4 anos que tenho pela frente. Acho que ser praxado é uma experiência que todos os estudantes deveriam ter.








                                                                                                                                                     Ana Gomes

Élio Mouzinho ESECS-Leiria

Na minha opinião, e na visão do que tenho participado em Leiria, a praxe é o meio principal para a integração dos estudantes recém ingressados na faculdade. É um ritual iniciário para os melhores anos das suas vidas, em que ao entrar no espírito praxístico, estão a manter a tradição e costume característico dos Estudantes Universitários Portugueses.

A praxe integra, mas também forma de alguma forma. É o primeiro contacto com um sistema hierárquico, tal como numa empresa, no entanto a exigência é completamente diferente. Em Leiria temos o seguinte sistema: Besta, Caloiro e Corvo (1º ano); Semi-Doutor (2º ano); Doutor (3ºano); Veterano (assim que excede as matrículas necessárias para concluir a sua licenciatura).

A praxe serve também para criar uma família num novo lugar, um novo núcleo de amigos, e a praxe aí entra como um factor impulsionador para que essa família seja mais rapidamente formada. A necessidade de ter novos amigos é imperativa quando saímos do “ninho”, a praxe é um factor de extrema união entre desconhecidos. Com a praxe vem o vestir do traje académico, em que este ganha um sabor e um valor completamente astronómico quando anteriormente muito se rebolou, encheu, brincou, cantou.

Sempre respeitando e não os compreendendo, os Anti-Praxe escolhem um caminho para a sua vida universitária, e pelo menos em Leiria esses não têm nada para contar um dia mais tarde. Com o passar dos anos, a tradição e o costume está a tornar-se inferior, mas os que continuam a querer levar tal a bom porto, fazem com a mesma força e vontade de sempre.
Se pudesse estaria aqui a escrever durante horas sobre uma das minhas paixões na universidade, a PRAXE!


Os melhores cumprimentos a todos, aos que praxam e aos que são praxados.
"Dura Praxis Sed Praxis Est"




Élio Mouzinho,

Comissário de Praxe da ESECS-IPL e Membro da Távola Elíptica Veterânica da ESECS-IPL

Paulo Leandro ESTA - Escola Superior de Tecnologia de Abrantes



Ser caloiro na ESTA, na minha opinião é uma experiencia inesquecível, sem dúvida alguma um método de integração entre alunos, um óptimo meio de receber os novos alunos, de dar a conhecer a escola, a cidade e suas tradições.

No final, ficamos com uma ideia de praxes totalmente diferente de quem nunca viveu e sentiu, ficamos com momentos únicos gravados na nossa memória, momentos esses que gostaríamos de reviver sempre que pensamos neles, ficamos mais crescidos, mais responsáveis e a cima de tudo com muitos mais amigos.




quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Serenata em Coimbra


Coimbra


Bruno Pereira ESTA -Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

A vida académica é a melhor parte da vida de um estudante que após longos anos ao terminar a sua carreira, vai sentir a saudade de poder se divertir, mas que agora vai entrar numa nova etapa da vida cheia de responsabilidades e saber lidar com cabeça, corpo e membros.  
Daí as universidades serem o melhor local para realizar as actividades académicas.




As praxes são umas das melhores actividades académicas que todos têm a saudade quando terminam, pois as praxes ensinam-nos várias coisas, como saber lidar com o dia-a-dia, saber cooperar com todo o tipo de pessoas, sem a desprezar, saber respeitar todos aqueles que nos são superiores, saber lidar com todas as etapas que tem de enfrentar com cabeça erguida, ensinar tudo o que será de melhor para um futuro em que demonstremos o nosso nível de qualidade tanto pessoal como profissional.  

Rita Navalho -Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

As praxes em Coimbra diferem de curso para curso, mas visto que é uma cidade cheia de tradições académicas existem uma série de regras a seguir. Por exemplo, a praxe é sexista ( só as raparigas podem praxar as caloiras e só os rapazes podem praxar os caloiros).
O principal objectivo da praxe é integrar os caloiros e os doutores dos anos mais avançados. As praxes servem também para os caloiros escolherem os seus padrinhos/madrinhas.
Sendo de segunda fase, apercebi-me que os alunos de primeira já tinham uma relação bastante chegada com os doutores.
As praxes passam por apresentações pessoais, jogos, fazer refeições sem talheres, ir de pijama para escola, execução de coreografias, entre outras e existem, também, praxes nocturnas.
Em Outubro existe um cortejo, em que os caloiros vão mascarados de várias coisas e no final são baptizados.
As praxes decorrem até Maio (queima das fitas) em que os caloiros vestem pela primeira vez capa e batina.
Na minha opinião, o ano de caloiro é o melhor e as praxes são realmente essenciais porque com ela a integração é muito mais fácil e não são, de todo, para gozar ou ridicularizar os caloiros.






  

Rúben Mendes ESTA- Escola Superior de Tecnologia de Abrantes

Olá, sou o Rúben Mendes, tenho 22 anos, sou de Assentis. Entrei no curso de Engenharia Mecânica na ESTA em 2007, devido á distância que me separava de Abrantes não consegui viver os momentos de Caloiro como gostava e era suposto viver, são momentos que nunca se esquecem e o tempo não volta atrás.
 Mesmo assim durante a vida académica de caloiro a experiencia foi muito positiva, é a melhor oportunidade para conhecer-mos os colegas da Faculdade. 
A ESTA tem uma particularidade em relação a outras Faculdades, está instalada numa Cidade não muito grande e o espírito académico não podia ser melhor, o número de alunos também não é muito grande o que leva que os alunos sejam unidos.
 Uma melhoria que podia ser feita era fazer o baptismo em Abrantes, as pessoas que convivem com os estudantes durante o tempo de Caloiros gostariam de ver todo o desfile e toda a festa do momento, o que devido á distância é muito difícil. 
Os tempos de Caloiro são para sempre uma excelente recordação. 

Nadia Martins IPB - Escola superior de saúde de Bragança

Para mim as praxes sao importantissimas! primeiro, pk, no meu caso, nao conhecia NADA nem NINGUEM e eu pensei k ía ser horrivel ir para tao longe, sozinha, parece k tinha caido ali de pára-quedas lool mas graças às praxes, conheci logo mt gente, a cidade...tudo. 
Tudo bem que às vezes era complicado ter de me levantar cedo e estar ali todo a dia a fazer coisas k por vezes nao me apetecia...mas agora olho para trás e sinto saudades de tudo o que passei! na praxe tu conheces, convives, brincas...nao é so "levar nas orelhas" lol aprendes a respeitar, a ter orgulho no teu curso...os teus praxantes e colegas acabam por ser a tua segunda familia pelo menos é assim que eu os vejo fiz grandes amizades e espero que a praxe nao acabe! ja há varios sitios onde ja acabaram, ou estao a pensar acabar com elas(praxes)..mas sinceramente espero k isto continue, pk é uma grande ajuda para a integraçao nesta nova fase da nossa vida!:)