Na minha opinião, e na visão do que tenho participado em Leiria, a praxe é o meio principal para a integração dos estudantes recém ingressados na faculdade. É um ritual iniciário para os melhores anos das suas vidas, em que ao entrar no espírito praxístico, estão a manter a tradição e costume característico dos Estudantes Universitários Portugueses.
A praxe integra, mas também forma de alguma forma. É o primeiro contacto com um sistema hierárquico, tal como numa empresa, no entanto a exigência é completamente diferente. Em Leiria temos o seguinte sistema: Besta, Caloiro e Corvo (1º ano); Semi-Doutor (2º ano); Doutor (3ºano); Veterano (assim que excede as matrículas necessárias para concluir a sua licenciatura).
A praxe serve também para criar uma família num novo lugar, um novo núcleo de amigos, e a praxe aí entra como um factor impulsionador para que essa família seja mais rapidamente formada. A necessidade de ter novos amigos é imperativa quando saímos do “ninho”, a praxe é um factor de extrema união entre desconhecidos. Com a praxe vem o vestir do traje académico, em que este ganha um sabor e um valor completamente astronómico quando anteriormente muito se rebolou, encheu, brincou, cantou.
Sempre respeitando e não os compreendendo, os Anti-Praxe escolhem um caminho para a sua vida universitária, e pelo menos em Leiria esses não têm nada para contar um dia mais tarde. Com o passar dos anos, a tradição e o costume está a tornar-se inferior, mas os que continuam a querer levar tal a bom porto, fazem com a mesma força e vontade de sempre.
Se pudesse estaria aqui a escrever durante horas sobre uma das minhas paixões na universidade, a PRAXE!
Os melhores cumprimentos a todos, aos que praxam e aos que são praxados.
"Dura Praxis Sed Praxis Est"
Élio Mouzinho,
Comissário de Praxe da ESECS-IPL e Membro da Távola Elíptica Veterânica da ESECS-IPL
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