terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Andreia Tavares -Universidade dos Açores


Para te explicar o que é a praxe na Universidade dos Açores seriam necessárias mais que mil fotos, mais que a quantidade infinita de palavras que possa dizer. Seriam precisos sentimentos. Seria necessário explicar-te o sentimento de preocupação transmitido por uma pessoa que te conhece à dois dias, o sentimento de ajuda, o sentimento de protecção, o sentimento de querer transmitir o vivido e o que está por trás de tudo aquilo. Aprendemos o verdadeiro significado de amizade, aprendemos a querer ajudar, aprendemos a querer ensinar e a orgulharmo-nos disso.

Poderia ter apresentado uma foto em que estava trajada mas esta não mostraria o que é a praxe, não mostraria o orgulho que temos por quem nos ensina, não mostraria os risos, o amor, a felicidade, o orgulho pelos obstáculos ultrapassados, o esforço feito, a correria de todos os dias, as poucas horas de sono, a dor, o cansaço, a exaustão, o nervosismo, a ajuda. A gratidão. Não demostra os melhores momentos de uma vida académica, uma quinzena de praxe! 




Andreia Tavares, 

discente do 2ºano do curso de Biologia 

Universidade dos Açores - PDL 2011

Palavras para quê ?

Deixo vos aqui alguns momentos do meu ano de caloira para que vejam um pouco pelo que passei, e como estes momentos me deixam saudade.









Voltar atrás no tempo e recordar ..

  




Nada como recordar os velhos tempos, tempos em que ser chamado de caloiro era um orgulho. Estar de joelhos passou a um habito  que rapidamente deixou saudade, não aos joelhos mas sim a quem via a praxe como algo realmente único na formação de qualquer estudante.





Não só as saudades do tempo de caloira como das pessoas que viveram estes momentos connosco. Mais do que ovos e farinha marcam momentos como estes. Escorregadelas, abracinhos sujos, gargalhadas,  cheirinho a comida de há 15 dias,nada apaga da nossa memoria o verdadeiro sentido da praxe.


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Um belo de um cachorro cheio de ketchup e muitos outros novos ingredientes . Foi no peddy praxe que este e muitos outros momentos ficaram marcados quer na roupa quer na memoria de cada um, uns pelo mau 

cheiro outros pela comichão.




  








segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Emanuel Sousa, Faculdade de Ciência e Tecnologias de Coimbra- Química Medicinal



  A praxe na Universidade de Coimbra difere bastante do tipo de praxes das outras universidades e politécnicos incidindo mais na praxe psicológica do que na praxe física, não sendo sequer permitido submeter os caloiros a pinturas. 
A praxe é regida por um código com vários artigos. A praxe em Coimbra visa também a evolução do poder de argumentação dos caloiros pelo que podem usar artigos do código de praxe para argumentar sempre que quiserem. Um dos principais objectivos da praxe é a integração dos caloiros.
 Na minha opinião a praxe psicológica, mesmo que por vezes mais embaraçosa permite os caloiros estarem mais à vontade uns com os outros, falo por experiência própria. As pessoas mais tímidas ou com maior dificuldade de integração têm aí uma boa oportunidade para se integrarem. Existem dois momentos altos na vida académica em Coimbra, a latada e a queima das fitas. Não pelos concertos ou bebedeiras, mas sim pelo que por si significam, sendo mesmo a serenata da queima das fitas o clímax do ano de caloiro, onde as suas capas são traçadas pela primeira vez. 
Mais do que um método de integração um dos grandes objectivos da praxe em Coimbra é dar a conhecer toda a tradição e encanto que aquela linda cidade tem para oferecer. Usar capa e batina é um grande orgulho, não nos estamos a representar apenas a nós ou o nosso curso mas sim uma instituição com mais de 700 anos por onde já passaram ilustres personalidades que fizeram história, é esse o sentimento que queremos passar aos caloiros.
 Um sentimento de grande orgulho e acima de tudo respeito por esta grande instituição e pela tradição conimbricense. “Coimbra é uma lição de sonho e tradição”